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Terracotta News #27

O mistério por trás das teses de proptechs e seus aportes milionários

Uma das maiores polêmicas dos últimos meses foi o aporte bilionário na nova startup do Adam Neumann, figura que ficou marcada na história da indústria de venture capital pela sua conturbada trajetória pela WeWork.

A sua nova empresa, Flow, recebeu 350 milhões de dólares antes mesmo de entrar em operação, o que levantou duas grandes questões:

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A primeira e mais óbvia: como um empreendor de histórico tão duvidoso consegue levantar fundos mesmo depois de tudo o que aconteceu?

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E a segunda (e também bem menos discutida): o que está por trás de teses de proptech que, como a do Neumann, também recebem aportes expressivos?

Com relação a primeira pergunta: não dá para negar que Adam Neumann é um empreendedor fora da curva. Afinal, quantas proptechs chegam a valer mais de 40 bilhões de dólares?

O fato é que o mercado ainda valoriza bastante a experiência empreendedora, mesmo com altos e baixos.

Além disso, com certeza não tem gente ingênua nesta brincadeira. Apesar de termos visto algumas notícias, não tivemos acesso ao contrato. Certamente há cláusulas protetivas importantes a quem está envolvido no negócio. O investimento pode estar, por exemplo, atrelado à performance da companhia.


E com relação a segunda pergunta: em se tratando de proptechs, é preciso entender que há uma série de modelos de negócios existentes.

Se você acessou o nosso Mapa de Construtechs e Proptechs, provavelmente se deparou com a quantidade de grupos e subgrupos de empresa, que atuam desde a aquisição até a gestão e manutenção do ativo imobiliário.

Logo, é evidente que modelos distintos resolvem problemas distintos e que podem ou não ter uma grande relevância dentro de um mercado sob a ótica de timming.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o volume maior de investimentos entre 2020 e 2021 foi em iBuyers (para compra instantânea de propriedades), como a Flock Holmes. No Brasil, esta é uma tese que não teria tanta força em um contexto de altas taxas de juros. 

Há algumas semanas, publiquei em meu linkedin uma breve análise apenas sobre o deal da Flow, citando inclusive uma das startups do nosso portfólio. Veja aqui.

Mas em resumo: não há tese certa. Se houvesse, seria fácil ganhar dinheiro. São diversos os elementos que montam uma boa negociação, e o básico é saber quem são os empreendedores, estudar o mercado, fazer muito benchmarking e acertar o timing.

"Certo, mas e a Terracotta? Investiria ou não nessa nova startup do Adam Neumann?"

Ora, já investimos em tese muito parecida! No ano passado mesmo, anunciamos aporte na Yuca, empresa referência no ambiente de living as a service no Brasil e da qual ainda falaremos um pouco nesta edição da Terracotta News.

REVISÃO E CURADORIA

Marcus Anselmo e Bruno Loreto

Tempo de leitura: 5 minutos

Conteúdo e networking de qualidade

Recentemente, promovemos a 6ª edição do Fórum de Investidores da Terracotta Ventures. 

O evento, que ocorreu pela primeira vez em formato presencial, contou com a presença de mais de 70 pessoas, ligadas às mais relevantes empresas da cadeia da construção, mercado imobiliário e startups de forte destaque no setor.

Investidores e investidas da Terracotta Ventures que, junto dos demais presentes, tiveram a oportunidade de extrair o melhor do conteúdo que trouxemos por lá. Aqui vai um resumo:

1

Portfólio Terracotta Warriors

Meu sócio Bruno Loreto apresentou as startups hoje investidas pela Terracotta e que juntas somam 759 pessoas empregadas e um valor de mercado próximo de 1bi;

2

Cenário macroeconômico global

Yihao Lin, coordenador de pesquisas econômicas da Genial Investimentos, trouxe um pouco do cenário macroeconômico global e dando os parâmetros do que esperar do mercado imobiliário e de tecnologia;

3

Painel com empreendedores

Paulo Bichucher (Yuca), Rodrigo Della Rocca (CondoConta) e Mauricio Carrer (InstaCasa) estiveram em um painel focado em mostrar como proptechs serão estruturadoras e originadoras de veículos financeiros para construção, intermediação e desenvolvimento imobiliário;

4

Análise de mais de 1500 deals

E por fim, eu pude apresentar o resultado de uma densa análise a respeito das mais de 1.500 rodadas de investimento feitas em proptechs e construtechs no mundo.

Notícias destaque do último mês

MadeiraMadeira compra Casatema em seu maior M&A. A transação aumenta drasticamente a presença do maior e-commerce de móveis do país no segmento de móveis infantis, onde sua presença ainda era tímida.

QuintoAndar amplia modelo de negócio e cria gestão de aluguel direta entre proprietários e inquilinos. O nosso sócio-fundador Bruno Loreto trouxe sua visão sobre o tema em artigo no LinkedIn.

As protechs Casai, mexicana, e Nomah, brasileira, anunciam fusão. Objetivo é se tornar o maior player de aluguéis de curto prazo da América Latina.

Vivalisto compra Flity para ser one-stop-shop dos corretores imobiliários. A meta é se firmar como a plataforma de escolha para o mercado de corretores. 

Agya Ventures anuncia seu primeiro fundo de investimento, de US$ 32 milhões, com planos de investir em proptechs do metaverso. 

Startup de casas móveis Haus.me levanta US$ 4,3 milhões. Empresa fabrica diversos modelos de casas autossustentáveis. 

Proptech Here, dos EUA, permite fazer investimentos em aluguel de temporada com participações a partir de US$ 100. A empresa já garantiu uma rodada inicial de US$ 5 milhões. 

RADAR TERRACOTTA

Vale lembrar: nós também temos o Radar Terracotta, apenas sobre os movimentos mais recentes do mercado. Você ainda não recebe?

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Do portfólio

Já mencionada no texto de abertura, a Yuca é uma das startups do nosso portfólio que está brilhando no mercado.

Há cerca de um mês, uma reportagem do Valor Econômico mostrou o movimento da proptech, que passará a comprar prédios inteiros e fazer a administração do condomínio. Até então, a empresa geria imóveis avulsos em diferentes edifícios.

O primeiro prédio da startup nesse modelo fica na zona sul da capital paulista e acaba de ser revitalizado. O Yuca Maranta conta com apartamentos de um e dois dormitórios, de 30m² e 60m², com aluguéis entre R$ 4 mil e R$ 6,5 mil.

“Estamos marcando o início de uma nova fase que sempre planejamos para a Yuca, e o Maranta é um primogênito perfeito para inaugurar essa frente de crescimento”, diz Paulo Bichucher, CEO e co-fundador.

Ei, você está prestando atenção no ESG?

Por Júlia Fulco*

ESG é um tema que deve ainda ganhar bastante atenção, uma vez que US$ 35,3 trilhões de dólares foram investidos em ativos ESG no mundo somente em 2021, com expectativa de atingir US$ 53 trilhões até 2025 - é o que afirma a Bloomberg News. 

E esse crescimento deve ser não só aproveitado, como estimulado, uma vez que estudos iniciais demonstram uma correlação positiva entre aumento da performance e diminuição de riscos na performance de empresas pautadas por estratégias ESG.

Os investimentos no ecossistema de startups, inclusive, já representam de 5 a 10%, com mais de US$ 2,3 bilhões investidos no mundo quanto se trata de teses ESG.

Essa pauta se torna bem relevante na Construção, uma vez que o segmento representou 36% das emissões de carbono no planeta em 2021 - dados da IEA - uma das principais prioridades da agenda no combate às alterações climáticas. 

Além disso, o setor consome entre 40% e 75% dos recursos naturais do planeta e emprega cerca de 7,7% da população ativa do país (IBGE 2015), este número, contudo poderia ser bem maior levando em conta que a taxa de informalidade no setor é cerca de 40%, indicado por relatório da CBIC (2017).

A falta de qualificação também é um desafio, 74% das empresas apresentam dificuldades de contratação de mão de obra qualificada (CBIC). 

O Brasil tem as ferramentas para fazer uma transição suave para uma economia de baixo carbono (tem 80% matriz energética é limpa, 60% do território coberto por áreas florestais), mas ainda é um mercado em amadurecimento quando falamos de ESG.

No contexto de startups. 46% dos investimentos estão concentrados em energytechs, que estão sendo impulsionadas por políticas públicas como o Marco Legal de Micro e Minigeração Distribuída. Este é o caso de duas das vencedoras do nosso challenge de ESG: a CUBI Energia e a Tupinambá (você pode conferir o top 5 logo abaixo).

*Júlia é head de comunidade na Terracotta Ventures.

construtechs

Venture Capital de A a Z: burn rate

Você já ouviu falar em burn rate? Podemos resumir conceituando como o valor gasto por mês para custear a operação do negócio.

A partir dele, é possível calcular quanto tempo levará para o negócio ser sustentável financeiramente, atingir o break-even ou se tornar rentável, por exemplo.

Se uma startup gasta R$ 35 mil mensalmente - além de sua receita - para cobrir seus gastos, isso significa que a taxa burn rate é de R$ 35 mil por mês (ou R$ 420 mil por ano). O investidor que entrar neste negócio precisa saber desde o início que precisará fornecer dinheiro para bancar essa diferença no período acordado.

Ou seja, a fórmula para calcular o burn rate é bem simples:

Burn rate = despesas – receita

Na prática, quanto maior o burn rate da empresa, provavelmente mais difícil será de ela conseguir investimento.

venture capital

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bruno loreto

Marcus Anselmo

Managing Partner | +55 48 9 9151-9819



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