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Terracotta News #26

Layoffs e quedas no valuation de construtechs e proptechs

Um tema tem chacoalhado o mercado de tecnologia e inovação nas últimas semanas: a demissão em massa nas empresas do ecossistema. Aqui no Brasil, foram noticiados amplamente os layoffs de startups como QuintoAndar, Facily e Loft. Só nesta última, foram 384 pessoas desligadas no mês de julho, sendo que em abril a companhia já havia demitido outros 159 funcionários.


Mas quais os motivos desse movimento? Ninguém previu? Na verdade, já era algo esperado pelo mercado. Também em abril, a aceleradora americana Y Combinator pediu aos fundadores das empresas de seu portfólio que “se preparassem para o pior”. E os sintomas começaram ainda antes, no fim do ano passado. “Tensões geopolíticas, inflação, aumentos esperados das taxas de juros e uma pandemia aparentemente interminável estão começando a afetar os mercados privados”, é a justificativa dos investidores de risco.

Um dos grandes responsáveis por esse movimento foi o aumento das taxas de juros. Com uma taxa de 13,25% no Brasil, os investidores ficaram mais conservadores. Foram 2,3 bilhões de dólares a menos de investimentos em startups do país no primeiro semestre deste ano. Em uma grande reportagem sobre o assunto, a revista IstoÉ Dinheiro resume: "a equação é simples: economia em ritmo mais lento gera menos investimentos, e menos investimentos representam menor demanda por mão de obra".

Por outro lado, é válido ressaltar que esses cortes têm ocorrido em startups de grande porte, que receberam enormes montantes em aportes nos últimos anos e queimaram recursos rapidamente para crescer. Inclusive, em estágios anteriores a tendência é o contrário. Um exemplo é a Instacasa, investida por nós, que aumentou seu time em 48% neste ano. Há uma nova safra de negócios que busca crescer com sustentabilidade.

E então, como está o panorama das construtechs e proptechs?

REVISÃO E CURADORIA

Marcus Anselmo e Bruno Loreto

Tempo de leitura: 7 minutos

Nem tudo são espinhos

Apesar do recente layoff, a QuintoAndar está expandindo para o México. O objetivo é ampliar a frente de aluguel de imóveis.

O mercado de proptechs segue crescendo na Europa. Atualmente a maioria das corporações imobiliárias tem uma estratégia de inovação e começa a investir nas startups do setor.

Construtech de San Diego levanta US$ 6,5 milhões para digitalizar e automatizar a construção de casas. O software da AGORUS permite a fabricação de casas e apartamentos em uma linha de montagem automatizada.

Por aqui, seguimos ampliando o nosso portfólio. Investimos recentemente na startup InstaCasa, proptech que disponibiliza projetos arquitetônicos para corretores de loteamentos de todo o Brasil.

A Casavo, proptech italiana estilo Opendoor, levanta US$ 410 milhões para expandir sua plataforma de compra instantânea em toda a Europa.

Já a Creditas capta US$ 50 milhões e compra licença bancária do Andbank no Brasil.

Urbem levanta R$ 70 milhões com green bonds. A fábrica da startup para produzir madeira engenheirada, que substitui aço e concreto na construção, começa a operar em outubro.

RADAR TERRACOTTA

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Olhe o cenário, olhe o jogo

Recentemente, estive como palestrante no evento Construtech e Proptech Day, promovido pela StartSe em São Paulo. Além de apresentar a Terracotta e nossas startups investidas, ele trouxe sua visão sobre o atual cenário do mercado de tecnologia, especialmente no que se refere aos segmentos de construção e imobiliário. Marcus deixou quatro recados para o público:

1

Startups, ainda há dinheiro disponível, mas mais criterioso

Comparando janeiro a maio, em 2022 o montante de capital investido em construtech/proptech early stage aumentou 63%. Porém houve um decréscimo de 35,8% na quantidade de investimentos, mostrando que o investidor está buscando por qualidade.

2

Empresas do setor, agora tem múltiplas formas de entrar no jogo

Hoje 30,4% do público avaliado é de executivos, sócios e conselheiros de empresas do setor, mostrando que o assunto já chegou aos decisores no mercado tradicional. Empresas já estão realizando investimentos em veículos de venture capital (43 empresas identificadas), adquirindo startups (23 operações em 2021) e criando negócios (20 corporate startups).

3

Investidores, existem boas oportunidades, mas saiba selecionar

Aumentou a quantidade de construtechs e proptechs ativas (955), porém menos de 15% têm potencial de retorno condizente com a classe de ativos em VC.

4

Em resumo: olhe o cenário, olhe o jogo

Foram 142 rounds nos últimos 18 meses em empresas em estágios iniciais, o que gerará um fluxo significativo de transformações no mercado. Ao investidor, empresa ou startup é importante entender o cenário mais profundamente para poder competir.

Cadeia de valor no segmento

video osher investimentos

Mais sobre a Terracotta, cadeia de valor nos mercados da Construção e Imobiliário e o cenário de aportes você confere neste vídeo que nosso sócio-fundador Bruno Loreto gravou para o canal da Osher Investimentos.

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É a vez delas

Entre maio de 2021 e maio de 2022, o número de construtechs e proptechs ativas cresceu quase 14%. O número é da nossa pesquisa Mapa de Construtechs & Proptechs, que está na sexta edição. O estudo mostra ainda que a quantidade de fusões e aquisições dessas startups tem aumentado. Desde 2014, quase 50 passaram por M&A, sendo que 54,05% foram adquiridas por outras startups e 45,95% por corporações.

construtechs

ESG na cadeia da construção

Se você ainda não adotou ou começou a estruturar práticas de ESG (sigla para Environmental, Social and Governance, ou governança ambiental, social e corporativa), é o momento para isso. Segundo projeções do Bloomberg Intelligence, até 2025 ativos ligados a negócios que atuam em conformidade com os princípios de ESG deverão representar um terço de todos os ativos do mundo. Além disso, um estudo realizado pela NYU Stern Center for Sustainable Business junto à Rockfeller Asset Management aponta que já existe correlação entre ESG e performance financeira: empresas que investem nessas práticas estão associadas a maior lucratividade, maiores dividendos, maior valor de mercado e menores riscos. 

Em agosto, o MITHUB realiza a 8ª edição do MITHUB Challenge, desta vez com o foco em ESG na cadeia da construção — desde a produção e uso dos materiais até os trabalhos nas edificações. É uma boa oportunidade de trazer iniciativas de ESG para a sua organização.

As startups inscritas passarão por um processo de avaliação com o crivo de especialistas do setor. Serão selecionadas as 20 melhores soluções para participarem de rodadas de matchmaking com os mantenedores (Cyrela, Dexco, Gerdau, Votorantim, JuntosSomos +, Grupo Lírios, Tenda, Nexpe, Lello, Portal de Documentos, Zap+/OLX, Sinduscon RJ, Ademi RJ). As cinco melhores colocadas participarão do pitch day, e poderão apresentar suas soluções aos players do mercado.

As inscrições para as startups já estão encerradas. Tem interesse em ser uma empresa parceira do desafio? É só preencher este formulário. Os parceiros mantenedores participam da análise, têm contato com as startups e podem acompanhar as mais relevantes ao seu negócio.

Por falar em evento

Além do Challenge, o MITHUB promove o MasterClass “Os segredos por trás do unicórnio que revolucionou o mercado de móveis e decoração na América Latina”, com Robson Privado, responsável pela consolidação do modelo dropshipping na MadeiraMadeira. O evento será online e ocorre no dia 9 de agosto, a partir das 18h30. Se você é um empreendedor que está entre as fases pré-seed e seed e tem dores relacionadas à jornada do cliente, corra e garanta a sua inscrição.

Venture Capital de A a Z: e esse tal de valuation?

Valuation é um dos termos que surge com frequência no universo das startups. Mas o que ele significa? Nada mais é do que uma percepção de mercado. A estimativa é sistematizada, utilizando um modelo quantitativo, mas ainda assim envolve uma subjetividade ao definir as premissas e as fontes de dados.

O valuation pode ser feito de três formas: pela renda (fluxo de caixa descontado), pelo mercado (múltiplos ou cotação) ou pelos ativos (valor de liquidação ou valor contábil).

Compreender o valuation da sua empresa é importante para atacar deficiências, negociar a participação societária de investidores e montar estratégias. A Endeavor disponibiliza uma planilha gratuita para calcular o valuation pela renda.

venture capital

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bruno loreto

Marcus Anselmo

Managing Parter | +55 48 9 9151-9819


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